作词 : Athualpa Pereira Magalhães Junior
作曲 : Athualpa Pereira Magalhães Junior
Eu chorei no mar
Um homem sem sua terra não é ninguém
E a quem convém que exista dor
No corpo de quem sangrou?
As pedras que eu garimpei
Não compram liberdade de ninguém
Aprisionaram o corpo
Mas não sou refém
Uma história contada pelo algoz de nada vale
Nada
As margens do rio
Me trouxeram pra cá
Do calor ao frio
Pra onde a correnteza me levar
(As margens do rio)
Me trouxeram
Pra onde o Sol não brilha
E futuro já não há
As margens do rio
Descendo mais uma avenida com nome de coronel
A mente em transe, voa e os olhos no céu
Copiando os passos de um genocida
No lugar onde o assassino dá o nome pra avenida
Um Anhanguera taca fogo
Da avenida Anhanguera até a Botafogo
Manifestantes, num pneu
Colocaram fogo
Um demagogo argumenta
Enquanto manipula as regras do jogo
O indefensável europeu cegou o justo
O genocida, estuprador, ganhou um busto
Tentaram apagar a nossa história a todo custo
Numa civilização enferma
O que cega tá incrusto
É alva a paleta do genocídio
Estimularam entre nós o fratricídio
Quanto mais escuro, mas é brando o discurso
Enquanto a vida segue o curso
As margens do rio
Me trouxeram pra cá
Do calor ao frio
Pra onde a correnteza me levar
(As margens do rio)
Me trouxeram
Pra onde o Sol não brilha
E futuro já não há
As margens do rio
O meu retrato é animalesco
Minha vida vale menos que um show burlesco
Meu corpo pra esse mundo
É uma escultura esculpida em modo brutesco
Entre a simplicidade do Art Déco
E uma realidade nada graciosa
Marginalizada pelos muros dessa capital
A cor de quem sangrou por suas pedras preciosas
No Rio Vermelho onde as mãos foram lavadas
Refletem as famílias de retirantes
Depois exploradas
Na margem direita do Botafogo, o lado pobre
Olhando sobre o córrego o lado nobre
As linhas da história, quem foi que contou?
Excluíram o trecho que o bandeirante rasgou
Passado rico em detalhes, igual Art Nouveau
Esconderam minha história
Igual telhado em Art Déco
Eu chorei no mar
Um homem sem sua terra não é ninguém
E a quem convém que exista dor
No corpo de quem sangrou
作词 : Athualpa Pereira Magalhães Junior
作曲 : Athualpa Pereira Magalhães Junior
Eu chorei no mar
Um homem sem sua terra não é ninguém
E a quem convém que exista dor
No corpo de quem sangrou?
As pedras que eu garimpei
Não compram liberdade de ninguém
Aprisionaram o corpo
Mas não sou refém
Uma história contada pelo algoz de nada vale
Nada
As margens do rio
Me trouxeram pra cá
Do calor ao frio
Pra onde a correnteza me levar
(As margens do rio)
Me trouxeram
Pra onde o Sol não brilha
E futuro já não há
As margens do rio
Descendo mais uma avenida com nome de coronel
A mente em transe, voa e os olhos no céu
Copiando os passos de um genocida
No lugar onde o assassino dá o nome pra avenida
Um Anhanguera taca fogo
Da avenida Anhanguera até a Botafogo
Manifestantes, num pneu
Colocaram fogo
Um demagogo argumenta
Enquanto manipula as regras do jogo
O indefensável europeu cegou o justo
O genocida, estuprador, ganhou um busto
Tentaram apagar a nossa história a todo custo
Numa civilização enferma
O que cega tá incrusto
É alva a paleta do genocídio
Estimularam entre nós o fratricídio
Quanto mais escuro, mas é brando o discurso
Enquanto a vida segue o curso
As margens do rio
Me trouxeram pra cá
Do calor ao frio
Pra onde a correnteza me levar
(As margens do rio)
Me trouxeram
Pra onde o Sol não brilha
E futuro já não há
As margens do rio
O meu retrato é animalesco
Minha vida vale menos que um show burlesco
Meu corpo pra esse mundo
É uma escultura esculpida em modo brutesco
Entre a simplicidade do Art Déco
E uma realidade nada graciosa
Marginalizada pelos muros dessa capital
A cor de quem sangrou por suas pedras preciosas
No Rio Vermelho onde as mãos foram lavadas
Refletem as famílias de retirantes
Depois exploradas
Na margem direita do Botafogo, o lado pobre
Olhando sobre o córrego o lado nobre
As linhas da história, quem foi que contou?
Excluíram o trecho que o bandeirante rasgou
Passado rico em detalhes, igual Art Nouveau
Esconderam minha história
Igual telhado em Art Déco
Eu chorei no mar
Um homem sem sua terra não é ninguém
E a quem convém que exista dor
No corpo de quem sangrou